Por Juliana Costa
Giuliano Pereira de Sales, 28 anos, jornalista e um apaixonado pela sétima arte. Muito mais do que ir ao cinema assistir às estreias, ele gosta de se aprofundar no roteiro, conhecer em detalhes os atores, autores, diretores e tudo mais que envolve o longa. Hoje, a GoodStorage resolveu pegar carona nesse conhecimento para saber um pouco mais sobre os filmes que levaram milhares de pessoas às salas de cinema neste mês de férias.
GS: O que vimos nas telonas esse mês?
Giuliano: 06 de julho – Homem-Aranha de volta ao lar.
O mês de julho começou com o filme mais aguardado pelos amantes da Marvel. Desde a aparição do Cabeça de Teia no filme Capitão América: Guerra Civil, em 2016, os fãs estavam esperando ansiosamente pelo longa solo do Homem-Aranha.
Os bastidores do filme foram bastante movimentados, para incluir o herói em seu universo, a Marvel teve que fechar acordo com a Sony, que até então, possuía o direito exclusivo de explorar a marca “Spider-Man” para o cinema. O próprio nome do longa é uma brincadeira com essa situação, sendo o “de volta ao lar” uma espécie de retorno do aracnídeo para a Marvel.
O esperado fim de semana de estreia foi acima da expectativa da indústria, chegando a arrecadar US$ 117 milhões nos Estados Unidos. Entre a crítica, o filme foi aclamado por conseguir criar um ar semelhante ao dos anos 80.
13 de julho – Planeta dos Macacos: A Guerra
A grande estreia do Homem Aranha no cinema durou uma semana, quando estreou o terceiro longa da nova franquia de Planeta dos Macacos. O filme que custou US$ 150 milhões aos cofres da Fox, arrecadou US$56 milhões em apenas três dias (Homem-Aranha arrecadou US$ 45 milhões no mesmo período).
No site Rotten Tomatoes, Planeta dos Macacos: A Guerra atingiu a incrível marca de 95% na avaliação dos críticos, sendo elogiado pela combinação de efeitos especiais poderosos em uma narrativa forte. Nesse terceiro filme, Cesar (Andy Serkis) e seu grupo entram em conflito com o coronel (Woody Harrelson), colocando o futuro do planeta Terra em perigo.
13 de julho – Carros 3
No mesmo dia, o terceiro filme da franquia Carros veio à telona. Seis anos separam o segundo filme da série e o lançado na semana passada. Em 2016, a Pixar causou comoção no lançamento do trailer, ao mostrar o campeão, e protagonista da história, Relâmpago McQueen, sofrendo um sério acidente. A grande curiosidade está na dublagem, com a participação de narradores profissionais do Brasil, como Everaldo Marques (ESPN).
A fórmula para o filme é bem parecida com Toy Story 3, apelando para o sentimentalismo daqueles que acompanharam os dois primeiros longas ainda na infância ou juventude.
27 de julho – A Torre Negra
A Torre Negra é o primeiro longa adaptado das obras de Stephen King a chegar aos cinemas em 2017, visto que no final do ano teremos a readaptação de It. A história gira em torno de um pistoleiro chamado Roland Deschain (Idris Elba). Duschain está em busca da famosa Torre Negra, prédio mágico que está prestes a desaparecer. Porém, essa jornada envolve uma intensa perseguição ao poderoso Homem de Preto (Matthew McConaughey), passando entre tempos diferentes, promovendo confusões e conflitos entre o que é real e o que é imaginário.
A grande expectativa do longa gira em torno da atuação de Idris e Matthew, dois atores renomados no mercado, sendo o último vencedor de um Oscar. Além disso, as adaptações cinematográficas dos livros de Stephen King costumam render obras-primas como: O Iluminado, À Espera de um milagre, It – Uma obra-prima do medo (1990), Carrie, a estranha, entre outros.
27 de julho – Dunkirk
O novo filme de Christopher Nolan está sendo aclamado por boa parte dos críticos. O diretor da trilogia Batman – O Cavaleiro das Trevas e A Origem trabalhou com alta tecnologia para retratar a história real da Operação Dínamo, mais conhecida como Evacuação de Dunquerque, uma operação militar que aconteceu no início da Segunda Guerra Mundial.
O “melhor filme de Nolan” ou “obra-prima”, como classificaram alguns dos críticos, conta com Tom Hardy e Cillian Murphy no elenco. Chances reais de termos esse filme em grandes premiações, se não por atuação, pelos efeitos técnicos. Vamos ver!
GS: Qual o título que fez mais sucesso?
Giuliano: Até aqui, Homem-Aranha e O Planeta dos Macacos dominaram as bilheterias, enquanto A Torre Negra e Dunkirk se apresentam como os mais aguardados pela crítica especializada. É sempre interessante ver um filme de Christopher Nolan e tê-lo dirigindo uma história de guerra com a participação de Tom Hardy no elenco realmente é de se chamar atenção. Para mim, Dunkirk tem tudo para ser o maior lançamento do mês de julho.
GS: Na sua opinião qual o melhor ou os melhores?
Giuliano: O novo filme do Planeta dos Macacos demonstrou-se uma verdadeira surpresa. O terceiro longa da franquia não parecia demonstrar tanta qualidade nas prévias, mas o volume de consumo na bilheteria internacional é de chamar a atenção, principalmente por superar a estreia do Homem-Aranha.
GS: Algum filme decepcionou?
Giuliano: Não é uma decepção, porque eu achei o filme bem enquadrado para o conceito que é defendido pela Marvel, com a construção de um arco de história que nos levará até as Guerras Infinitas. Mas, o filme do Homem-Aranha teve a segunda maior queda de bilheteria entre a primeira e a segunda semana, considerando todos os longas lançados pela Marvel e isso é uma questão que, se não causa decepção, ao menos deve deixar preocupados os grandes agentes da empresa.
GS: O público, destinado para determinado filme, teve boa reação ao enredo?
Giuliano: Uma grande parte do público pareceu não entender o momento histórico apresentado no filme Homem-Aranha de volta ao lar. Foi comum a perguntas referentes a personagens marcantes na história do herói e ausentes no longa. Entretanto, o filme acontece na cronologia realizada pela Marvel, ou seja, após o Capitão América: Guerra Civil, portanto, vejo com naturalidade algumas adaptações.
GS: O que você destacaria entre esses lançamentos no mês de férias?
Giuliano: Acredito que o grande destaque é a variedade de públicos para esses filmes listados. Temos filmes para toda família, animação, um thriller com horror (A Torre Negra) e um filme de guerra.
GS: Teve algum que marcou ou o que se viu foi mais do mesmo?
Giuliano: Eu acredito que Okja tenha sido o filme que mais me marcou recentemente. O longa parecia despretensioso para o início da sua jornada em temporadas, mas a Netflix realmente realizou um trabalho grandioso com a obra. De fato, deverá chamar atenção em muitos festivais até o Oscar 2018, principalmente pela atuação de Jake e Tilda.
Se você ainda não viu algum desses longas, aproveite o final de semana, escolha a história que melhor de agradar e bom filme!