Amor Corporativo

Desde ontem venho pensando sobre o amor. Com o cenário que se apresenta, me parece sensato conhecer e refletir sobre este tema.

Para começar, devo esclarecer que iniciei minha pesquisa sobre o amor nesta manhã. Encontrei Erich Fromm, um psicologista social alemão que estreou neste mundo na véspera do meu aniversário, 77 anos antes de eu nascer, em 23/03/1900, e que escreveu coisas interessantes sobre o amor, como:

O amor é uma atividade.

“O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um “erguimento” e não uma “queda”. De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar, e não em receber.”

O amor pode ser aprendido.

“Se quisermos aprender como se ama, devemos proceder do mesmo modo como agiríamos se quiséssemos aprender qualquer outra arte, seja a música, a pintura, a carpintaria, ou a arte da medicina ou da engenharia.”

O amor leva à felicidade. 

“Amor e o ódio são as possibilidades que temos para satisfazer as nossas necessidades humanas básicas. A diferença é que apenas o primeiro leva à felicidade.”

Estas três afirmativas me inspiraram a pensar como seria a prática do amor dentro do contexto do trabalho. Sei que o amor neste sentido que estou buscando entender não dever ser seletivo. Mas ainda assim, quero refletir sobre a variante, o Amor Corporativo.

Tradicionalmente o amor no ambiente de trabalho não é valorizado, e talvez nem seja permitido. Neste contexto, o senso comum é que o amor remete à fraqueza e inspira pouca confiança. Ao contrário, a agressividade (beirando o ódio) é sinônimo de eficiência e resultado.

Se o amor e o ódio são parte da mesma possibilidade de satisfazermos as nossas necessidades humanas, e para aperfeiçoá-los é necessário exercitá-los, concluo que o ambiente de trabalho é a Academia do Terror (!), porque investimos um tempo importante praticando o ódio, nem que seja “só” em relação à concorrência, e assim manifestamos, mesmo que inconscientemente, que somos profissionais eficientes.

Minha tese, é que o amor corporativo é uma prática para minimizar os efeitos colaterais desta cultura raivosa. Segundo minha livre definição, a sua prática se dá pelos mesmos princípios do amor geral.

Empatia. É preciso se colocar no lugar do outro sem perder a paciência e a eficiência.

Gentileza. Ser gentil inclusive depois do dia 15, quando a pressão pelo fechamento do mês está explodindo.

Respeito. Sempre respeitar os valores e a ética mesmo que estes comprometam re$ultados maiore$.

A prática do amor também é a base do verdadeiro sucesso profissional e da prosperidade das empresas.

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